MERGULHANDO NO PROGRAMA GICS 2025

Enfrentando os Pontos de Virada por Meio da Inovação Cooperativa

O programa GICS 2025 foi construído sobre uma crença clara: as cooperativas e empresas mutualistas estão especialmente bem posicionadas para responder a crises e obstáculos. Nosso mundo está em um ponto de virada. De crises climáticas e desigualdade crescente à perda de confiança nas instituições, estamos enfrentando desafios monumentais — mas também um imenso potencial para ação coletiva e inovação.

Conversamos com Joanne Lechasseur, cofundadora do GICS e Secretária-Geral da Rede Internacional de Inovação Cooperativa, para entender a história por trás do tema deste ano, o que os participantes podem esperar alcançar e como irão cocriar soluções significativas juntos. Veja o que ela nos contou:

PERGUNTA: Quando você e seus parceiros começaram a planejar essa conferência em Portugal, o que esperavam alcançar?

Joanne Lechasseur (JL): Nosso objetivo era claro: criar um espaço internacional onde cooperativas e mutualidades não apenas pudessem refletir juntas, mas, acima de tudo, agir juntas. Portugal, com suas fortes raízes cooperativas e seu contexto dinâmico europeu, oferecia o cenário ideal para essa ambição. Queremos que cada participante saia com ideias concretas para implementar, parcerias comprometidas ou momentos de inspiração. Isso não é apenas uma conferência — é uma fábrica de inovação.

PERGUNTA: Por que isso é importante no clima global atual?

JL: Porque não temos mais o luxo de esperar. As crises ecológicas, sociais e institucionais estão se intensificando, e os modelos dominantes não estão dando conta. O movimento cooperativo, com sua visão de longo prazo, transparência e solidariedade, oferece uma alternativa humana e credível. Mas precisa ocupar seu lugar de direito no palco da inovação global. O GICS 2025 é um chamado à responsabilidade coletiva e à ação ousada.

PERGUNTA: A cocriação de soluções é um elemento central deste evento. Como isso será feito?

JL: A cocriação é o coração do programa, estruturado em três pilares fundamentais:

  • Capacitar para agir – Vamos fornecer ferramentas aos participantes e criar condições para que tomem ações concretas em suas comunidades e setores.
  • Construir confiança juntos – Durante o evento, promoveremos diálogos autênticos e transparentes, para fortalecer o entendimento mútuo entre culturas e regiões.
  • Cocriar mudanças inclusivas e duradouras – Após empoderar os participantes e construir confiança, eles irão cocriar soluções focadas em equidade, sustentabilidade e impacto real.
  • As Fábricas de Inovação, oficinas e sessões plenárias são todas pensadas para colocar os participantes no centro do processo. Não será apenas um momento para compartilhar ideias — será um espaço para desenvolvê-las, desafiá-las e transformá-las em soluções colaborativas.

PERGUNTA: O que os participantes irão vivenciar durante os dois dias de conferência?

JL: Eles viverão algo intelectualmente estimulante e profundamente humano. O programa combina plenárias inspiradoras, oficinas práticas, redes de contato informais e diálogos significativos. Os participantes farão parte de uma comunidade internacional comprometida com a ação, movida pelo desejo comum de promover mudanças reais.

PERGUNTA: O que você espera alcançar com essa conferência?

JL:

Quero que o GICS 2025 seja um ponto de virada — que dê às cooperativas e mutualidades a confiança para ousarem mais, juntas. Espero que gere alianças genuínas, inspire a próxima geração e mostre que a inovação cooperativa é uma alavanca poderosa de transformação global.

PERGUNTA: O que você espera que os participantes levem consigo ao final do evento?

JL:

Quero que saibam que não estão sozinhos. Que fazem parte de um movimento global pronto para enfrentar os desafios com coragem, criatividade e solidariedade. Acima de tudo, quero que levem ideias, ferramentas ou parceiros que lhes permitam agir imediatamente.

Faço isso pelas futuras gerações, num mundo em profunda transformação.

Quando penso nos meus netos crescendo e nas crianças que eles terão um dia, espero que o movimento cooperativo ainda esteja lá — como um guia sólido rumo a um futuro baseado em equidade, democracia, empatia, perseverança, solidariedade, transparência, ajuda mútua e responsabilidade — um futuro onde a humanidade esteja no centro de cada decisão.

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