CQCM no GICS 2025: fortalecendo a dimensão educativa do cooperativismo

No GICS 2025, o Conselho Québécois da Cooperação e da Mutualidade (CQCM) ajuda-nos na conceção e na dinamização das atividades pedagógicas do cume. Esta parceria põe em destaque o seu saber-fazer e reforça o impacto educativo e colaborativo do evento.

Como recordam Marie-Pier Reid e Jessica Cabana:

“A educação cooperativa é dar a cada um os meios para contribuir ativamente para a mudança.”

Conversámos com elas sobre a sua missão e o seu papel neste grande encontro internacional.

Jessica Cabana (Conselheira em Empreendedorismo Cooperativo Juvenil | Regiões de Montréal e Laval)

Marie-Pier Reid (Conselheira em Educação)

Perguntas

Q1. Para começar, podem apresentar-nos o CQCM e explicar em poucas palavras o vosso papel no seio do movimento cooperativo quebequense?

Jessica: “O CQCM é a organização-guarda-chuva que representa e apoia todo o movimento cooperativo e mutualista no Quebeque. Temos um papel fundamental de representação, educação e mobilização, e contribuímos assim para a visibilidade das cooperativas e mutualistas em todos os setores de atividade.”

Marie-Pier: “É também uma verdadeira referência em educação cooperativa: desenvolvemos ferramentas, programas e iniciativas inovadoras que inspiram tanto no Quebeque como a nível internacional. A nossa missão é contribuir para o desenvolvimento social e económico do Quebeque, favorecendo o pleno crescimento do movimento cooperativo e mutualista quebequense, em conformidade com os princípios e valores da Aliança Cooperativa Internacional.”

Jessica: “Concretamente, os nossos domínios de ação são a concertação, a representação, a monitorização, a promoção, a educação e a coordenação do desenvolvimento cooperativo. Eu, como conselheira em empreendedorismo juvenil, contribuo para desenvolver o espírito empreendedor e os conhecimentos cooperativos e mutualistas entre os jovens, através de experiências de aprendizagem colaborativas e complexas.”

Marie-Pier: “Da minha parte, como conselheira em educação, trabalho no desenvolvimento de competências, criando ferramentas pedagógicas e estabelecendo parcerias entre as nossas organizações-membro e os meios académicos.”

Q2. Qual será a contribuição do CQCM no GICS 2025 e porque é importante para vocês participar?

Jessica: “No Global Innovation Cooperative Summit 2025, a nossa equipa colocará a sua experiência ao serviço da organização para desenvolver oficinas colaborativas. Estas oficinas permitirão fazer emergir desafios comuns, usar a intercooperação para identificar pistas de soluções e favorecer a transferência de conhecimentos que levem a ações concretas.”

Marie-Pier: “Antes do evento, vamos conceber as oficinas de acordo com os grandes temas do cume: Dar-nos o poder de agir, Construir juntos a confiança, e Cocriação de uma mudança inclusiva e sustentável. E, no local, estaremos presentes para assegurar o bom desenrolar das oficinas e das Fábricas de Inovação, acompanhando voluntários, facilitadores e participantes.”

Jessica: “Para nós, é um grande orgulho participar num evento de envergadura internacional. Isso permite-nos desempenhar plenamente o nosso papel de catalisador e amplificador do movimento cooperativo e mutualista quebequense. É também uma oportunidade privilegiada para reforçar os nossos laços com parceiros em todo o mundo e partilhar práticas inspiradoras.”

Q3. Que ferramentas pedagógicas ou métodos concretos vão utilizar durante o cume para favorecer as trocas entre participantes?

Marie-Pier: “Vamos implementar uma abordagem baseada na aprendizagem cooperativa e complexa, que está no centro da nossa visão educativa. Este método visa instaurar uma interdependência positiva entre os participantes, para que cada um se envolva de forma ativa e equitativa.”

Jessica: “As oficinas e Fábricas de Inovação serão concebidas como verdadeiros espaços de experimentação, propícios à expressão da inteligência coletiva. Acreditamos que todas as pessoas têm igual valor, que possuem naturalmente a capacidade de aprender e de gerar ideias, e que cada indivíduo tem competências únicas. Também damos grande importância às dimensões afetivas e racionais na mobilização do potencial humano, e estruturamos a interação entre pares para estimular a criatividade e as competências sociais.”

Marie-Pier: “Estes princípios orientarão a nossa facilitação das atividades. Vamos destacar ferramentas pedagógicas que promovem a responsabilidade partilhada, a democracia, a igualdade, a equidade e a solidariedade.”

Q4. Como é que as vossas atividades tornarão a partilha de experiências e de saber mais interativa e acessível para um público internacional?

Jessica: “Durante as oficinas, os participantes serão convidados a responder a questões temáticas segundo um modo de funcionamento específico. Este formato dá a cada pessoa a possibilidade de expressar o seu ponto de vista, independentemente da língua que fala ou do papel que tem na sua organização.”

Marie-Pier: “Graças a este método, as discussões serão ricas, inclusivas e inovadoras. E sobretudo, durante as sessões O que aprendemos?, os participantes poderão descobrir os elementos-chave das outras oficinas, o que lhes permitirá constatar a eficácia da inteligência coletiva.”

Q5. O que esperam que os participantes retirem da vossa contribuição e da experiência proposta pelo CQCM no GICS 2025?

Marie-Pier: “Esperamos que cada participante viva uma experiência enriquecedora e transformadora, tanto a nível individual como coletivo.”

Jessica: “As oficinas permitirão que todos e todas contribuam ativamente para a coconstrução de soluções, valorizando os saberes, as experiências e as competências únicas de cada um. Esperamos que esta abordagem lhes dê o poder de agir, de construir juntos a confiança e de cocriar uma mudança inclusiva e sustentável que os inspire a agir nas suas próprias organizações.”

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